quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Oração – um encontro necessário

Não é fácil orar regularmente. Mas ás vezes oramos, quando estamos em desespero ou maravilhados, sendo cristão ou não.  Nossa alma pede e, quando oramos, ficamos tranqüilos como se tivéssemos saciado a fome ou a sede, mesmo quando nada ao redor muda.

Oswald Chambers em seu livro “Se Pedirem em Meu Nome” afirma que 
Orar não faz parte da vida natural de uma pessoa... Alguns dizem que uma pessoa terá uma vida de sofrimento se ela não orar; eu questiono isso. A oração é uma interrupção da ambição pessoal, e ninguém que está ocupado tem tempo para orar. O que sofrerá é a vida de Deus nessa pessoa, a qual é nutrida não por alimento, mas por oração.”

Fazer da oração um hábito diário exige disciplina e planejamento. 
Um encontro marcado na agenda todos os dias.

“Oração é trabalho... É um ato de vontade, um ato de obediência — um ofício sagrado”  Oswald Chambers no livro “Oração, um Encontro com Deus”

O texto a seguir, extraído do livro "Uma mulher segundo o coração de Deus" de Elizabeth George, descreve a luta do Sr. J. Sidlow Baxter para desenvolver sua vida de oração

"Eu vi que havia uma parte em mim que não queria orar...[e] outra que queria. A parte que não queria eram as emoções, e a parte que queria era o intelecto e o desejo...
[Assim,] eu disse ao meu desejo:
-Desejo, você está pronto para a oração?
E o Desejo disse:
-Aqui estou, estou pronto.
Então eu disse:
-Venha, Desejo, vamos lá.

Assim o desejo e eu fomos orar. Mas, no minuto em que começamos a sair para orar, todas as minhas emoções começaram a falar:
-Nós não queremos ir, nós não queremos ir, nós não queremos ir.
E eu disse ao Desejo:
-Desejo, você pode com isto?
E ele respondeu:
-Sim, se você puder.
Assim, o Desejo e eu arrastamos para fora aquelas emoções miseráveis e fomos orar, e ficamos uma hora em oração.


Se você me perguntasse depois se eu tive um tempo agradável, acha que eu poderia ter dito que sim? Um tempo agradável? Não, foi uma luta o tempo todo.
O que eu teria feito sem a companhia do Desejo, não sei. No meio das intercessões mais sérias, de repente, encontrei uma de minhas principais emoções saindo para o campo de golfe, para jogar. E tive de correr para o campo e dizer:
-Volte...
Foi cansativo, mais fizemos isto.
Veio a manhã seguinte. Olhei para o meu relógio e estava na hora. Eu disse ao Desejo:
-Venha, Desejo, está na hora de orar.
E todas as emoções começaram a puxar para o outro lado. E eu disse:
-Desejo, você pode com isto?
E ele respondeu:
-Sim, na verdade acho que estou mais forte depois da luta de ontem de manhã.
Então, o Desejo e eu fomos novamente.
A mesma coisa aconteceu. Rebeldes e tumultuosas emoções que não cooperavam. Se você tivesse me perguntado: "Você teve um tempo agradável?", eu teria de lhe contar com lágrimas: "Não, os céus estavam como bronze. Foi difícil me concentrar. Tive um tempo terrível com as emoções".

Foi assim por aproximadamente duas semanas e meia. Mas o Desejo e eu aguentamos. Então uma manhã, durante a terceira semana, olhei para o meu relógio e disse:
-Desejo, está na hora da oração. Você está pronto?
E ele respondeu:
-Sim, estou pronto.

E, enquanto estávamos indo, ouvi uma de minhas principais emoções dizer às outras:
-Vamos, companheiras, os nossos esforços são inúteis. Eles persistirão, não importa o que façamos.

De repente, um dia [semanas depois], enquanto o Desejo e eu estávamos nos apresentando ao trono da glória de Deus, uma das emoções principais gritou:
-Aleluia!
E todas as outras emoções de repente gritaram:
-Amém!
Pela primeira vez [tudo em mim estava envolvido] no exercício da oração."